Esse artigo é para Assistentes Sociais e Psicólogos, mas pode ajudar qualquer profissional que comece a trabalhar em um Centro de Referência de Assistência Social ou C. R. Especializado de Assistência Social, unidades governamentais da Proteção Social Básica e Especial. Uma linguagem muito fácil e objetiva para quem já conhece o campo, um direcionamento para quem não conhece, através de links para download de cadernos que são norteadores.
Encare novas oportunidades como desafios a serem superados. Concentre-se em reunir os conhecimentos adquiridos na Universidade, na prática do estágio, mantenha calma e passe a estudar – sim, estudar, e não querer fórmulas mágicas e compartilhar com todo mundo todas as dúvidas/medos querendo que respondam por você. É notória essa busca desenfreada nas redes sociais, quando pessoas colocam situações o tempo todo, com expectativa do que fazer, e não em aprender como fazer. As respostas estão lá, e elas continuam desesperadas, enviando caso a caso querendo que lhe digam o que fazer.
A principais característica que diferenciam as proteções é identificar se houve ou não algum direito violado, ou se há ou não vínculos rompidos. Mas, não vamos aqui descrever e definir nada, mas deixar dicas de leituras importantes.
CRAS
Primeiro entenda o que é o CRAS, essa unidade que veio descentralizar a prestação de serviços sociais da proteção social básica, movimento importante para alcançar as famílias mais vulneráveis.
Quando você entender o local, a história e função desse, os cargos e funções que constituem o equipamento etc, já sairão mil formigas do seu estômago, mas restam ainda outras cinco mil.
Então você vai procurar conhecer o PAIF (um dia vai rir quando estiver com várias “famílias em acompanhamento PAIF”, lembrando quando essa sigla era um monstro) - o Serviço de Proteção e Acompanhamento Integral à Família. Intrínseco a ele, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, cuja sigla SCFV irá passar fazer parte da sua rotina de trabalho.
É importância tomar consciência que será um trabalhador do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, e compreender seu compromisso com a PNAS – Política Nacional de Assistência Social.
SUAS, PNAS, PAIF, SCFV...a Assistência Social e suas siglas. Parece muita coisa, mas quando começamos estudar, esses textos que lidos para um concurso são chatos, quando estamos na prática ganha outro brilho, e ilumina nossas ideias e a prática.
Geralmente, a principal porta de entrada do CRAS é a busca dos usuários por informações do Programa Bolsa Família, então é hora se despir da opinião política do Programa e estudar sobre CADUNICO e os benefícios sociais atrelados a esse Cadastro Nacional.
CREAS
Todas as dicas acima servem para o CREAS, embora esse continue centralizado, pois a maioria dos municípios possuem apenas um na área central, e há àqueles que possuem poucas ofertas de serviços especializados.
No CREAS o serviço máster é o PAEFI – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos.
O Creas trabalha com atendimentos especializados, que varia para cada município, como dito acima. Há cidades, por exemplo, que possuem centros especializados de atendimento à mulheres vítimas de violência, pessoas dependentes de substâncias psicoativas, casa de acolhimento para idosos, pessoas desabrigadas etc, e assim descentraliza o atendimento do CREAS. Entendendo o espaço, o PAEFI, procure ver os Programas que irá trabalhar e estudar sobre os mesmos.
Não é possível atuar em um equipamento, sem entender a função do outro. CRAS e CREAS trabalham articulados, existe uma referência e contra referência entre os dois muito constante e importante, o não conhecimento de ambos os campos pode se tornar uma pedra no sapato na hora de estabelecer uma rede.
Então, boa leitura, e sucesso nessa área linda. Trabalhar no CRAS/CREAS é uma oportunidade de empoderar, promover e proteger famílias.
Estudem, porque quando são colocadas perguntas na rede social, PROFISSIONAIS respondem coisas COMPLETAMENTE equivocadas, cheios de certeza, e isso se multiplica, formando uma rede de profissionais equivocados em suas ações. Porque para aprender o certo demoramos para registrar, porém é incrível como ficam tatuadas e marcadas as coisas erradas. :-#
Tudo que foi dito aqui ganhará sentido quando começarem as leituras. Vamos à bibliografia - basta clicar no título que será direcionado para uma nova janela com o arquivo - a maioria dos equipamentos possuem essas edições impressas:
✓ Orientações Técnicas Centro de Referência de Assistência Social – CRAS (MDS, Brasília 2009)
✓ CADERNO DE ORIENTAÇÕES - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (MDS, Brasília, 2016)
✓ Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (MDS, 2013 – reimpressão 2014)
✓ NOB-RH SUAS – Comentada e Anotada
✓ Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8. 742/93) Anotada
✓ Política nacional de assistência social - Pnas/ 2004
✓ RESOLUÇÃO Nº 109, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009 - Aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. (vai estar citado nos outros, mas vale a leitura, está objetivo)
✓ Orientações técnicas sobre o PAIF – Volume 2 – Trabalho com famílias do PAIF
✓ Concepções de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
✓Orientações Técnicas sobre o SCFV
✓ Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado deAssistência Social – CREAS
✓ Cartilha Perguntas e Respostas – CREAS (2009)
✓ (CREAS) Técnicas: Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (2016)
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Podemos escrever sobre cada unidade ou cada programa/serviço. B^)